O Tarot é Autoconhecimento?
- Patrícia Fernanda De Oliveira

- 14 de dez. de 2022
- 3 min de leitura
O Tarot é um dos oráculos mais antigos da humanidade e sua origem é muito antiga, porém, incerta. Alguns livros e correntes acreditam que o Tarot chegou na Europa nos Século XIV, trazido pelas cruzadas e sarracenos. Com o passar o tempo o Tarot foi difundido dentro das sociedades esotéricas e sofreu variadas interpretações das imagens medievais.
O Tarot como um método de autoconhecimento tem sido muito difundido na atualidade e praticado ao ponto de virar um senso comum.
E neste ponto é importante fazer uma reflexão:
Na antiga Grécia, na cidade de Delfos, estava localizado o principal templo grego dedicado ao deus Apolo, o deus-Sol, senhor da luz, o olho do mundo e que representa a consciência do EU. As pessoas se dirigiam ao Templo de Delfos para consultarem o oráculo e saber sobre seu futuro, obter conselhos e orientações. Logo na entrada do templo o visitante/consulente avistava a seguinte frase: “Conhece-te a ti mesmo”, ou seja, quem chegava para se consultar com o oráculo era convidado a se ver para depois perguntarem ao oráculo.
Neste sentido, a reflexão que temos aqui é a de que não existe destino bom para quem não sabe para onde deseja ir. Até mesmo na fábula de Alice no País das Maravilhas o Coelho diz a personagem: “Qualquer destino serve para quem não sabe para onde ir”.
Importante salientar que, o Autoconhecimento é a busca do Eu. É saber quem é, de verdade, mesmo quando ninguém lhe diz nada sobre você. É você sem filtro, e principalmente sem julgamento. É uma investigação sobre si mesmo. É sair do estado de inconsciência para saber quem se é. E isso é um processo.
No tarot temos cartas, que chamamos de arcanos que falam da importância do autoconhecimento, são elas: O Louco (0), A Lua (18), O Sol (19), Julgamento (20) e o Mundo (21), que formam as cinco fases ou etapas do autoconhecimento.
O Louco no Tarot, é o arcano de número zero (0). O Louco não sabe quem ele é, não tem consciência de si mesmo. Ele não se conhece. E neste aspecto podemos dizer que há milhares de pessoas que andam pela vida sem saber quem são, sem saber quais são suas habilidades e seus propósitos.
Já o arcano da Lua é o momento, deste processo de autoconhecimento, em que o indivíduo tem a catarse, os surtos, as crises pois ele se depara com sua realidade e esta não faz mais sentido. É o momento que você descobre as suas sombras. É nesta fase que se descobre que você pode fugir de pessoas e situações, menos de si mesmo. É o momento de enfrentar-se.
O arcando do Sol é o momento em que você procura realmente se conhecer. É a fase em que o indivíduo vai buscar uma terapia, um sacerdote ou mesmo buscando um processo de renascimento por ela mesma. É o momento da tomada de consciência.
Vejamos, na Lua tivemos a eclosão do processo de autoconhecimento e no Sol temos de fato o autoconhecimento. É aqui que o indivíduo realmente se conhece, colocando luz em suas sombras. É o encontro de si mesmo, do seu EU.
O arcano do Julgamento é o próprio Tarot, que trará a revelação ao indivíduo. É o indivíduo que entrou no Oráculo de Delfos, aceitou o convite de se autoconhecer e agora ele está pronto para receber as revelações do Tarot. Portanto, o Tarot é a revelação para aqueles que estão dispostos a ouvir.
O autoconhecimento é um processo para ser feliz e o atendimento de Tarot é a mensagem do destino para que a pessoa, consciente de si mesma, alcance o Mundo que deseja, a felicidade que almeja para sua vida.
Portanto, o autoconhecimento é um grande processo que pode levar uma vida inteira. E jogar tarot está muito além do autoconhecimento. Se o indivíduo não estiver disposto a melhorar, despertar, a mensagem do tarot mais assertiva possível não surtirá efeito algum.
O autoconhecimento é individual e o tarot é o chamado para o autoconhecimento.
Ouve quem tem ouvidos para ouvir e sintam os que tem coração para sentir.



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